quarta-feira, 31 de março de 2010

A Semana Santa

Por Bruno Costa

O Domingo de Ramos marca o inicio da Semana Santa e o fim da Quaresma. A quaresma é aquele tempo onde Jesus passou quarenta dias no deserto meditando, refletindo, sendo tentado… para por em prática o plano do Reino de Deus e para isso a nossa ajuda é fundamental, pois Jesus mesmo sendo Filho de Deus, ele é semelhante a nós, exceto no pecado, e com isso necessita que nós o ajudemos também na construção desse reino. Para que pudéssemos ajudar a construir esse reino tivemos que fazer várias renúncias e nos convertemos e nos arrependermos de nossos pecados, como foi na Quarta-Feira de Cinzas “Você é pó, e ao pó voltará” (Gn 3, 19) e também “Convertam-se e acreditem na Boa Notícia” (Mc 1, 15), e só assim, convertidos e arrependidos, estamos prontos para contribuir para a construção do Reino de Deus.
Agora na Semana Santa todo aquele processo de conversão e arrependimento da Quaresma que vale a pena ressaltar, não é um tempo de tristeza e sim de reflexão, conversão, arrependimento nos faça ter a humildade de lavarmos os pés de nossos irmãos como sinal de amor ao próximo, sinal também de carinho, afeto para cada um e cada uma de nossos (as) irmãos (as) que necessita a cada dia de nossa ajuda. Que na Sexta-Feira Santa possamos também sentir as dores que Cristo sentiu, mas isso não quer dizer que sejamos crucificados e sim que nossas atitudes e palavras sejam repensadas antes de serem praticadas ou pronunciadas, pois cada palavra dita de forma errada no momento errado pode provocar em nosso próximo uma ferida que só Deus sanará. Que no Sábado Santo (Sábado de Aleluia) possamos vigiar fielmente a Ressurreição de Nosso Senhor e que no Domingo de Páscoa, Páscoa essa que não é aquela do coelho, dos ovos de chocolate que o mundo capitalista nos impõe a cada ano e sim uma Páscoa que nos faça sentir o sabor da vitória da Vida sobre a Morte, possamos sentir esse sabor que só pode ser sentido com Cristo e em Cristo. Que nós não sejamos como Tomé que só acreditou porque viu, sejamos como os outros discípulos que diante de toda e qualquer circunstância anunciaram o Evangelho, levando assim Deus a todos os povos.
Que nessa Semana Santa possamos sofrer juntos com Jesus e nós gloriarmos também com Ele na sua Páscoa, vitória da vida.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Uma escolha fundamental (Para Namorados, Noivos, Casados)

por Bruno Costa
O amor é uma das mais belas coisas que Deus nos deixou. E como é lindo quando um casal (Homem + Mulher) realiza esse amor e conseguem juntos, transformá-lo em um método de convivência eterna. É tudo muito lindo. Mas o que acaba deixando um amor tão lindo assim como esse muito feio é o que vemos, hoje em dia, infelizmente, em nossas comunidades, quando geralmente, a mulher participa de alguma pastoral ou serviço e o seu parceiro (namorado, noivo, esposo, etc.) com certo tempo acaba que “impedindo-a” de realizar tais atividades. Quanta contradição com o nosso descer de cristão!
Acontece que, na maioria dos casos, o rapaz conhece a moça, ela já sendo participante e com o passar do tempo (se por ciúme ou não, não sei) a coloca numa situação meio que incomoda: “ou você fica comigo ou faz as suas tarefas”.
Tal situação se faz compreensiva quando são apenas namorados. Mas imaginemos essa cena sendo um casal casado… e se tiverem filhos? É complicado!
Concordo que a mulher deva sim está a disposição do seu parceiro ASSIM com este deve também está com essa mesma disposição. Pois se um pode “exigir”, também pode ceder. Padre Fábio de Melo canta na música BELEZA IMPERFEITA um trecho muito interessante: “…amar não é prender nem ter domínio sobre alguém, mas consiste em fazer livre a quem se ama e se quer bem…” acredito que este trecho já fala por si só como deve ser a relação entre um casal.
O homem do exemplo citado deve compreender que quando este a conheceu ela já desempenhava tal fincão em sua comunidade.
Certa vez numa determinada comunidade havia um casal e estes tinham um filho. Moravam em um sítio e o homem trabalhava até no domingo pela manhã e a mulher era catequista neste mesmo dia e horário. Certo dia o marido fala para a esposa: “eu trabalho para colocar a comida em casa para você (se referindo à esposa) e a para o nosso filho, então quero que você fique em casa, cumprindo o seu papel”. Esta mulher, uma catequista experiente, desabafa quase que chorando para a coordenação local que ela tem de fazer uma escolha e por ser casada terá de deixar a pastoral, mas fala que um dia retornará. A coordenação a apóia aceitando a sua opinião e a deixando com o convite de retornar quando isso se fizer pertinente. Ela com certeza será muito bem vinda.
Jesus nos fala que se quisermos segui-lo devemos fazer muitas renúncias como, por exemplo, deixar pai, mãe, filhos… tudo para segui-lo (cf. Mt. 10, 34-39; Mc. 8, 34-38; Lc. 14, 25-33). Realmente não é fácil seguir Nosso Senhor Jesus Cristo, mas é justamente essa “dificuldade” que dá um sabor muito mais especial e nossa vida, ao nosso relacionamento com o nosso próximo.